quarta-feira, 28 de setembro de 2011

September Issue

Setembro está quase a chegar ao fim e portanto aqui deixo o must da season! Primeiro vamos à sétima arte e claro ás series de TV.
Vi duas novas series fantásticas que não devem perder:
Shameless tem aparentemente uma versão britânica com oito temporadas. A versão americana, cópia pelo que me disseram da britânica, com a Emmy Rossum, o William H. Macey e a Joan Cusack nos principais papeis, vai ainda na primeira temporada. Comecei a ver esta serie, sem querer, na viagem à Turquia, porque era a única coisa que estava a dar na televisão, que não era traduzida para Turco. Eu e o meu irmão aproveitámos. O episódio piloto não é mau, mas os restantes são de partir. A história é dos Gallaghers, uma família disfuncional: a mãe fugiu, o pai (Frank)é um bêbado negligente e a irmã mais velha (Fiona) é quem cria os restantes cinco irmãos mais novos: o mais pequeno Liam que é claramente diferente do resto da família; depois Carl que tem à volta de oito anos e uma grande tendência para se tornar um psicopata; Debbie, a outra menina da família, sempre pronta a ajudar e proteger os irmãos e claramente a mais afectada com o afastamento dos pais; Ian que se assume como gay ao irmão no primeiro episódio e que mantém uma relação secreta com o patrão, um muçulmano casado e mais velho; e Lip uma espécie de miúdo prodígio, cuja inteligência é usada para fazer os SAT’s vezes sem conta, para os cábulas, a fim de ganhar dinheiro para ajudar a família. Anda sempre colado a Karen, “a melhor amiga com benefícios”, filha da Joan Kusack. Esta sofre de uma espécie de germofobia que a impede de sair de casa e logo no inicio da serie, após o marido a abandonar, começa uma relação peculiar com Frank. De resto há dois vizinhos que ajudam os miúdos e que são também eles hilariantes (Veronica e Kevin) e para dar um pouco de romance à história, o misterioso Steve, que se apaixona por Fiona e pela vida caótica que leva! Shameless é brilhante e hilariante! Por exemplo há um episódio que para enganarem o FBI, os Gallaghers roubam uma velhota com demência de um lar de idosos para a fazer passar pela tia avó, de quem o pai andava a descontar cheques da segurança social, 15 anos após a sua morte; noutro episódio tem de simular a morte e o funeral de Frank para este fugir de uns bandidos que o perseguem; noutro ajudam os vizinhos  a organizar um casamento falso e ilegal para receberem um cheque da mãe da noiva; mais para o final, os miúdos tem de aturar o regresso da mãe, que agora mantém uma relação com uma camionista chamada Bob! O humor substituí a vontade de chorar que qualquer um teria se estivesse na situação dos Gallaghers. As peripécias que se metem são inimagináveis! Uma serie mesmo a não perder!


The Game of Thrones: Já mais de muitos me tinham falado nesta serie mas só a semana passada é que prestei atenção. Em Portugal os livros são uma confusão, aparentemente por cada publicação em inglês há dois em Portugal mas alguns dos livros também já foram divididos na versão inglesa, logo não sei bem mas já existem 9 em Portugal. Falo dos livros porque assim que terminei a serie fiquei tão entusiasmada que tive de ir à Fnac comprar o livro que se segue na história, para saber o que vai acontecer! Há muitos personagens e histórias separadas e de inicio andamos um pouco perdidos mas rapidamente nos encontramos e percebemos que a história é genial e pelo que consegui perceber, bastante bem adaptada e fiel o mais possível aos livros -até porque o autor é o co produtor (esqueçam aquela serie medonha das Brumas de Avalon há uns anos cuja única semelhança com o livro era mesmo só nome)! 

Famílias com objectivos e motivações diferentes jogam umas contra as outras para ver quem ganha e se torna rei! A confusão do inicio resume-se assim: existem Sete Reinos governados por um único Rei cujo principal distracção é bebida e mulheres. Ao seu lado uma rainha e dois irmãos da casa Lannister, ricos e bastante ambiciosos. No Norte, Lord e Lady Stark de Winterfelt com cinco filhos e um bastardo, todos bastante diferentes com apenas uma coisa em comum: cada um deles tem um lobo que o segue para todo o lado e o salva dos inimigos. O lobo é a mascote da casa de Winterfelt. Ainda mais a Norte existe a Wall e os seus guardiões, que tentam separar e proteger os Sete Reinos de perigos inimagináveis e que aparentemente estão prestes a falhar! No Sul, uma princesa da antiga dinastia em exílio, a última descendente dos Dragões, que ao casar com o chefe de uma tribo de bárbaros, se transforma na grande ameaça ao actual rei.
A partir daqui há esquemas, mentiras e jogos de poder tudo em extremos porque “when you play the Game of Thrones, you win or you dye, there is no middle ground!”

Melhor filme do ano, Midnight in Paris:

Há quem vá a Paris para ficar fascinado com as provas de vinho de Bordéus, os jantares nas Brasseries, as compras nas feiras ambulatórias, os passeios em Versailles e os Monets do Louvre. Paris não desilude porque é cópia dos postcards e filmes que vemos na televisão. Depois existem aqueles que se perdem pelas ruas e ruelas de Paris, que desejam respirar a cidade e que descobrem que Paris é sempre maravilhosa, a qualquer hora do dia e da noite e que Paris tem o dom de se tornar no que eles quiserem. Owen Wilson, o americano mais americano que existe, aqui no papel de si mesmo. “Um pacóvio”, dizia uma critica no Expresso, que se apaixona por Paris e que não se contenta com o circuito turístico. Ele sonha com Paris a chover, Paris nos anos 20. Um dia, perdido e ligeiramente embriagado, encontra mesmo numa ruela Paris dos anos 20 e Hemingway novo e aventureiro (e sexy), Picasso perdido na sua pintura, Dali como todos o imaginamos e Zelda e Frank Fitzgerald (a Zelda que é uma cópia da Daisy do livro Great Gatsy do marido). Encontra também Marion Cottilard, a amante e musa de vários artistas da época que tal como Wilson e todos nós acha que vive na época errada. Por fim somos confrontados com a grande decisão: viver na fantasia de uma época passada ou retornar ao presente e abraçar o que a nossa época e realidade têm de melhor com a força para mudar o que nelas não gostamos?

Sem comentários:

Enviar um comentário