quarta-feira, 23 de junho de 2010

Como prometido a resposta a algumas das criticas mais parvas sobre o Sexo e a Cidade!



Vamos começar pelos que dizem que o filme desrespeita os valores do casamento porque 2 anos não é razão para entrar em delirio! Creio que não nos podemos esquecer de que a Carrie e o Big são dois individuos de meia idade sem filhos e provavelmente sem uma segunda oportunidade de vir a arranjar um novo companheiro. Resultado ou ficam mesmo só eles os dois para sempre ou então nada feito e acabam provavelmente sozinhos. Eu pessoalmente acho que isto é bastante assustador e entendo que a Carrie esteja preocupada em querer manter a relação acesa e não apenas como conformismo. Talvez se as pessoas que casam com 20 ou 30 anos pusessem as coisas nesta perspectiva antes de casar não havia tantos divórcios! Se o comentários for pela coisa da Charlotte pensar que o marido pode enrrolar-se com a sitter, por favor, chama-se dura realidade!

Depois vinha uma critica que dizia algo como “ninguem desistiria de trabalhar numa época de crise como esta” e dão o exemplo de uma conceituada empresa de advogados que teve de reduzir o número de associados no último semestre. Ora bem, o Sexo e a Cidade não pretende retrtar fielmente nenhuma época histórica concreta a não ser, claro, pelo guarda roupa. Quem escreveu o guião e realizou o filme sabia que não estava a trabalhar nas proximas Vinhas da Ira. Para além disso quando a Miranda desiste de trabalhar na firma em questão fá-lo porque o patrão é um machista do pior que constantemente a descrimina. Ela decide que em vez de lhe “lamber o cu” enquanto sacrifica estar presente nos eventos importantes da vida do filho prefere despedir-se e procurar um outro local para trabalhar, um que lhe dê valor. Não me parece que isto seja algo que deva ser criticado. Com crise ou sem crise ninguem deve trabalhar num local em que não é estimado e aonde ainda por cima é maltratado. Creio que de certa forma o filme até dá um bom exemplo de como devemos ir á luta e não desistir.
Por outro lado argumentam que há machismo no filme porque as amigas vão para Abu Dhabi com tudo pago por um homem! Mas será que não entenderam que a razão pela qual ofereceram á Samantha a viagem foi para a convencerem a aceitar um novo trabalho? Um pouco como os almoços oferecidos pelas empresas aos clientes!

A proxima é que as personagens passam a vida a comprar sapatos de 300dolares. E então? Estamos em crise? Ok! E isso significa que deixaram de haver pessoas ricas é? Se assim for não sei onde para a Channel e a Dior! Se prestassem atenção não se vê as personagem em mais que duas lojas no filme inteiro. Mas já que vamos por ai, porque não ver o Sexo e a Cidade como um incentivo ao consumismo? Visto que a crise que atravessamos também é uma crise de confiança, parece ser apropriado! Ou então podemos simplesmente aceitar que este filme não pretende como já disse representar a sociedade tal como é. As pessoas, principalmente em épocas de crise como a que atravessamos, necessitam de valvulas de escape da realidade. Sonhar um pouco. Daí que o apogeu dos musicais e dos filmes de fantasia como o Feiticeiro de Oz tenha sido em épocas de grandes crises sociais e económicas (como o pós 2ªguerra mundial) porque ninguem quer ir ao cinema para se deprimir ainda mais! Queremos sonhar que temos roupas e sapatos fantasticos, bons empregos, que jantamos em restaurantes maravilhosos, que vamos a festas glamorosas e viajamos para sitios exoticos e luxuosos. Its the magic of the cinema!

Por outro lado temos a geral critica de que o filme “falta ao respeito” á cultura e costumes islamicos. Um comentário destes é que é digno do Islão! O filme é suposto ser uma comédia! E sim as comédias gozam por vezes com a sociedade. Olhem para o extremo, qualquer filme do Sacha Baron Cohen! A Samantha perder os preservativos no meio do Souk é suposto fazer as pessoas rirem-se e não divagar sobre o quão ofendidos vão ficar os islamicos!



Por fim, por favor ajudem-me: “um hino á futilidade” pelas roupas fantásticas? Sapatos exuberantes? Ou hoteis de luxo? Sinceramente, se não houvesse nenhum dos três pura e simplesmente não era Sexo e a Cidade! Era mais um filme sobre mulheres de N.Y. Quando as arabes aparecem com primeiras linhas por baixo das burkas isto é futilidade? Não será apenas demonstrar que apesar de culturas e regras sociais especificas as mulheres islamicas continuam a ter acesso ás marcas que lhes apetecer e que afinal de contas tanto elas como as Novaiorquinas tem muito em comum?
Posto isto devo dizer que eu nem achei o filme assim tão bom! As roupas perderam bastante do brilho e as histórias das personagens apenas parecem ser esticadas até ao infinito para lucrarem um pouquinho mais. Como disse um dos criticos “O charme da série já ficou pelo caminho há muito tempo, e agora Sex And The City é um mero produto de marketing”.
Mas sinceramente acho que quando criticamos não podemos desparatar só for the sake de dizer mal. E estas criticas tinham de ser criticadas!

1 comentário:

  1. eu amei o filme e vou ver outra vez,simplesmente amei do principio ao fim

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