Eu sempre vi e adorei
Homeland. Depois da brilhante ideia de um soldado americano que retorna a casa após
anos de cativeiro, podendo ou não ser um terrorista para o estado islâmico,
depois de colocarem Brody fechado num bunker pronto a matar o vice-presidente e
ser trazido à razão pela filha graças a um instinto genial da Carrie, depois de
explodirem com o edifício da CIA, do brilhante plano de contra ataque
organizado secretamente entre a Carrie e o Saul na terceira temporada e por fim
a trágica execução de Brody, pensei realmente que esta serie não poderia voltar
a ser tão boa.
Duas temporadas e meia de
Brody foram mais que suficientes, mas mesmo assim foi arriscado da parte dos
criadores removerem uma das personagens principais e logo aquela à volta de
quem se centrava o argumento original da serie. Foi necessário redefinir
Homeland, o foco agora é a espionagem e a brilhante e perturbada agente da CIA
Carrie Mathison. E a serie está melhor que nunca. A quarta temporada foi mesmo
a minha preferida. Nada daqueles dramas familiares com a família do Brody que
já ninguém aguentava, especialmente vindos da Morena Baccarin que, continuo a
achar, foi uma péssima escolha de casting.
O enredo muda 360º, desta vez
no centro de toda a atividade com o mundo Islâmico. Após a saída de Brody, a
serie precisava e merecia uma temporada destas! Para isso era necessário ter Carrie
pronta para a ação e os argumentistas conseguiram até arranjar uma forma convincente
de a voltar a colocar no meio da confusão em Islamabad, apesar de ter sido mãe
à poucos meses, recorrendo, claro, ao lado bipolar e desequilibrado da personagem.
Um enredo cheio de pactos duvidosos, infiltrados, raptos, explosões e até perseguições
via drones. Um jogo de espiões ao mais alto nível liderado por Carrie Mathison
que Claire Danes representa com uma naturalidade que poucas conseguiriam.
Começou já a 5ª temporada, da
qual ainda só vi o primeiro episódio. Passada alguns anos após os
acontecimentos de Islamabad, a partida de Quinn e a descoberta que Carrie fez
no final do ultimo episódio sobre o seu mentor Saul e que, aparentemente, fez com
que decidisse mudar drasticamente o rumo da sua carreira. Agora a trabalhar no setor
privado e dedicada à filha, Carrie parece ter atingido uma certa maturidade e consciência de que tem outras pessoas a depender dela, não parecendo tão
empolgada em correr riscos. Uma tentativa de assassinato do individuo para quem
Carrie trabalha, leva à descoberta que seria ela, na realidade, o alvo a
abater. O episódio é relativamente calmo, com a apresentação de várias novas
personagens e o retorno de algumas já conhecidas mas em posições diferentes ás
que estávamos acostumados. A serie promete!